Quem sou eu? Qual o meu papel nesse Planeta? Para onde vou?

Alguém já se fez essas perguntas? São perguntas que nos deparamos a todos os momentos da nossa vida. Quando nascemos, somos inseridos em um meio cultural e familiar onde somos orientados e educados de acordo com padrões sociais pré-estabelecidos.

A partir daí nasce o que podemos chamar de persona, que de acordo com a psicologia analítica de Jung, é a face social que o indivíduo apresenta ao mundo, “uma espécie de máscara, projetada, por um lado, para fazer uma impressão definitiva sobre os outros, e por outro, dissimular a verdadeira natureza do indivíduo e sua autoimagem”.

A autoimagem é a parte descritiva do conhecimento que o indivíduo tem de si próprio. Esse conhecimento tem também uma parte valorativa, que é a autoestima. Grande parte da autoimagem é construída na infância, mas mesmo na idade adulta, quando ela já se estabilizou, permanece um conceito dinâmico.

Já trazemos tendências pessoais latentes que no confronto com situações do dia a dia passam a se manifestar. Por exemplo, se um bebê tem uma tendência a carência e a mãe não lhe dá atenção, sua carência vai ser bem maior provocando grandes abalos no desenvolvimento emocional. Entretanto, para um bebê que não tem essa tendência nata, pouca influência essa situação teria no seu desenvolvimento.

De qualquer forma, os abalos no desenvolvimento emocional sempre vão ocorrer, por um motivo ou por outro. Se a autoimagem é um conceito dinâmico, ela está em transformação por toda a vida. Por isso não temos um manual de instrução para a educação, somos muito diferentes uns dos outros e estamos aprendendo uns com os outros, num movimento contínuo.

Nossa autoimagem pode nos ajudar a sermos fortes quando nos sentimos preparados para enfrentar os desafios da vida e pode nos enfraquecer quando sentimos tanta insegurança que não conseguimos lutar por nada. Todos esses conceitos vão se mesclar com essa grande diversidade onde se incluem sentimentos natos, educação, relações familiares e sociais, princípios religiosos e espiritualistas, que dará início à construção de uma ideologia de vida muito particular. E a partir dela começamos a reagir perante o mundo e em alguns casos ante a nós mesmos.

Acabamos por fazer parte de uma grande engrenagem onde cada peça desempenha um papel. Por exemplo, na família somos filhos, na escola somos alunos, no trabalho somos funcionários, na sociedade somos cidadãos, etc… Na medida do possível, desempenhamos esses papéis de acordo com a expectativa que a sociedade no geral espera que façamos. Assim como em uma peça de teatro, alguns de nós fugimos totalmente do script do papel que nos é confiado a representar e saímos do personagem, conseguimos ser mais autênticos para conosco, apesar de isso significar muitas vezes enfrentar uma sociedade implacável.

Haidy Segovia
Haidy Segovia é formada em Psicologia pela UNIP - Universidade Paulista, com especialização em oncologia e dependência química. Com mais de 20 anos de atuação na área clínica com terapia breve, hipnoterapia e terapia transformacional, ajuda pacientes oncológicos na superação das oscilações de humor e enfrentamento diante do tratamento. Profere palestras e lives nas redes sociais, na área de conflitos emocionais.
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