O processo de envelhecimento é algo natural, espontâneo e esperado por todos dentro do desenvolvimento humano. Porém ele ainda é um fato que, por mais familiar que seja, ainda traz angústia, medo e tristeza.

Mesmo com o aumento da expectativa de vida populacional, o envelhecimento é visto como uma ação que não queremos acreditar, passar e muitas vezes aceitar.

Colocando a aceitação não do ponto de vista de postura ou comportamental juvenil, mas ao contrário, aceitar que ainda há muito que se viver pela frente, entendendo e sendo melhor fazê-lo com qualidade de vida, utilizando da prevenção e cuidados com a saúde.

O difícil não é o caso de envelhecer, mas sim, o ruim é envelhecer com doenças que poderiam ser evitadas. Ter uma vida ativa em conjunto com uma mente equilibrada e positiva favorece o enfrentamento das mudanças nesse processo natural do desenvolvimento.

Nas possíveis mudanças, pode-se ter transformação de atividades profissionais, de lazer, das relações sociais, das relações familiares, na identidade, em projetos… Há a possibilidade de perdas decorridas desse fluxo, porém não é benéfico dizer do que se foi e não volta, mas sim do que se viveu, ganhou, conquistou.

São as nostálgicas lembranças, o termômetro pessoal para valorizar o que construímos e o que tornamos como significações em nossa história.

As relações e as construções de vínculos fazem, nós mesmos, termos nossas escolhas e escrevermos a nossa memória e o livro de nossas vidas.

Como nos trouxe John Locke (1632-1704) filósofo inglês, dizia que o conhecimento era determinado pela experiência. Em “Ensaios sobre o Entendimento Humano” (1690), diz que quando nascemos somos uma página em branco, chamada de tábula rasa e, assim, nossas experiências fazem o preenchimento dessas páginas.

O mecanismo da busca de maturidade no envelhecimento de forma geral é procurar atividades significativas e motivacionais, na procura da paz, do equilíbrio e da satisfação pessoal e plena.  Realizando uma retrospectiva da qualidade do que se viveu e de como viveu. As mudanças fazem o futuro, não apagam o vivido no passado, mas dão a possibilidade e oportunidade de aprender e mudar o futuro.

Não se pode fazer uma reflexão vivendo os erros e acreditando em culpas e imperfeições, mas com o que tivemos de aprendizado.

Atualmente uma ferramenta muito utilizada em coaching é a roda da vida. Sendo uma representação gráfica de autoavaliação de áreas como saúde, carreira, desenvolvimento pessoal, relacionamentos, espiritualidade, finanças e lazer. A ideia é que as pessoas reflitam sobre a satisfação a cada uma dessas áreas e ações para melhorar o que não está satisfatório.

Referências: https://www.ebiografia.com/john_locke – ROMA, A. (org.). Leader coach: um guia prático para gestão de pessoas. São Paulo: França, 2011.

Marcela Eiras Rubio
Graduada em Psicologia pela Universidade São Marcos, Aprimoramento Profissional em Atendimento Interdisciplinar em Geriatria e Gerontologia pelo IAMSPE (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) e pós-graduação em Gestão de Pessoas pelo SENAC. Atuações como psicóloga hospitalar no Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal Dr. Moyses Deustch – Mboi Mirim, HGIS (Hospital Geral de Itapecerica da Serra) e HRC (Hospital Regional de Cotia). Atualmente atua como consultora em Recursos Humanos na RHF Talentos – Unidade São Paulo.
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