Cães e gatos, qual a diferença? Afetuosos e carinhosos, as duas espécies são paixão nacional. No entanto, para manter os animais de estimação saudáveis é preciso entender que suas necessidades são diferentes.

Cães e gatos possuem metabolismos diferentes e necessidades bem especificas. Além disso, muito embora ambos precisem de nutrientes, as quantidades de cada espécie variam significativamente. Quem alerta isso é a especialista Esther Reinheimer, que também explica as peculiaridades de cada um.

“Para manter a saúde em dia, os pets necessitam de uma alimentação balanceada com nutrientes que supram todas as suas necessidades diárias. Água, proteína, carboidratos, gordura, fibra, minerais e vitaminas são alguns exemplos. Importante também é a adição de probióticos, agentes condroprotetores e gorduras especiais, tudo para aumentar a prevenção de futuras doenças”.

Cães domésticos

Os cães domésticos são descendentes dos lobos, que caçam em grupos e sempre comeram suas presas rapidamente. Por esse motivo é que esses animais costumam competir no momento da refeição, comendo com agilidade para que os demais cães da casa não “roubem” seu alimento.

“Já os gatos são descentes de regiões africanas, desérticas, onde viviam solitários e caçavam pequenos roedores, insetos e pássaros ao longo do dia. Isso explica exatamente porque os gatos domésticos apresentam um hábito alimentar de ingestão mais lenta”.

Diferentes dos cães, os gatos já possuíam uma dentição orientada para o processamento de carne, pois a proteína é de consumo obrigatório para a saúde dos felinos. Ou seja, para crescer saudável e bem disposto, a carne é indispensável na dieta desses bigodinhos.

“Os gatos também necessitam de outros aminoácidos específicos em sua alimentação além da proteína, como a taurina, arginina, metionina e cisteína, visto que o seu organismo não produz a quantidade necessária”.

Os cuidados com fornecimento alimentar também são importantes, pensando no trato urinário dos felinos e propensão da concentração da urina, o que aumenta a formação de cálculos urinários.

Ingestão de água

“A estimulação de ingestão de água limpa, colocada em lugar calmo e seguro, é fundamenta, sempre observando a preferência do animal. Alguns gostam de água corrente, outros preferem uma bacia bem larga”, conta. Uma ração completa e balanceada é o principal alimento para garantir uma ingestão equilibrada de minerais, reduzindo a formação de cristais e cálculos.

Vale lembrar que os gatos têm o hábito de consumir alimentos frescos e limpos. Por isso, os alimentos parados muito tempo no pote não são do agrado dos gatos, pois eles oxidam e já não fazem mais parte da dieta dos felinos.

A principal diferença dos cães e gatos está na quantidade de espécies que cada um possui pelo mundo. “Os cães são muitos em sua totalidade, mas não tanto quanto os felinos. Em se tratando de raças, os cachorros ganham em quantidade”.

As diferenças existem, mas comparações devem ter fundamento. “Há quem diga que os gatos se apegam ao local e não ao dono. Isso é mito, pois os felinos têm muito afeto pelo seu tutor e podem até ficar doentes se ficarem muitos dias longe do dono”.

O que acontece é que os cachorros vivem em bandos, ou seja, a socialização acaba sendo mais evidente. Além disso, os caninos procuram um líder e são completamente fiéis a ele. Esse comandante costuma ser o próprio dono, o que faz essa relação muito mais dependente.

No entanto, os gatos não vivem em bandos e também não necessitam de um líder. “É importante compreender que isso não tem nada a ver com solidão. Ou seja, os felinos não são animais solitários, eles gostam e necessitam de companhia. A diferença nessas relações explica porque cães vítimas de maus tratos seguem no local onde sofrem e os gatos não permanecem onde não são bem tratados”.


Esther Reinheimer é especialista da Hercosul Alimentos.

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