Mais lembrada entre os homens, doença é mais comum entre as mulheres do que se pensa.

É normal não ter vontade de se relacionar em determinados dias como no período menstrual, mas há um tipo de mal-estar sentido por mulheres antes ou só de pensar em ter relações sexuais que pode indicar um problema patológico e esse sentimento tem nome e tratamento: a disfunção sexual feminina.

A disfunção sexual feminina se caracteriza pela falta de desejo sexual da mulher. Muitas mulheres ainda sentem mal-estar ou até calafrios só de pensar em fazer sexo. “Tem muitos fatores que levam à disfunção sexual feminina, desde psicológico a problemas ginecológicos”, explica a médica Érica Mantelli, ginecologista e obstetra.

E são muitas as situações que podem levar à disfunção sexual feminina como desejo sexual hipoativo, transtorno de excitação ou frigidez, incapacidade de manter a lubrificação ou excitação, inibição do orgasmo, dor genital durante a relação, vaginismo – que é a contração involuntária da vagina durante o ato sexual, além de fobia ou aversão ao sexo.

O maior problema, salienta a ginecologista, está na vergonha em falar sobre o assunto e procurar tratamento. “A mulher se sente envergonhada, se culpa e demora para procurar tratamento e isso afeta a vida do casal se ela for casada ou estiver namorando”, alerta.

A especialista orienta as mulheres que estão passando por essa situação a procurarem ajuda com a ginecologista e relatar o problema. “Não precisa ter medo, nem vergonha, o médico vai ouvi-la e ajudá-la a investigar e tratar o problema. Esse tratamento pode ocorrer com medicamentos, exercícios e atendimento psicológico também”, explica a médica.

Ao agendar a consulta, a paciente deve explicar ao ginecologista quais são as suas dificuldades. O médico fará alguns exames para identificar se a paciente não enfrenta algum tipo de infecção urinária, doenças inflamatórias pélvicas, endometriose, transtornos de dor, entre outras patologias que podem afetar sua vida sexual como, por exemplo, distúrbios hormonais. “É uma investigação necessária porque o problema tem causas variadas, mas o mais importante é que a disfunção sexual pode ser tratada e a mulher retornar a uma vida sexual normal”, salienta a especialista.


Dra. Erica Mantelli é ginecologista e obstetra pós-graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).

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