Fica complicado pra mim, que amo você, escutar ou … melhor, ler que está com muita saudades, acreditar nisso, porque sinto o mesmo, mas, daí você some.

Como você pode nos castigar tanto? Valerá a pena? Isto é o que me pergunto sempre.
Queria dormir com você, tomar o café da manhã com você, esperá-lo com um jantarzinho
gostoso, ver TV perto de você, mesmo que você estivesse fazendo outras coisas.
Queria nos fins de semana  levantar tarde, curtir sua companhia, fazer amor sem pressa nem hora marcada.
Absurdo, eu sei, mas queria envelhecer com você ao meu lado. Ter você comigo nas alegrias e nas tristezas.
Queria viajar com você. Tomar champagne, fazer amor, cafuné, coçar o pé.
Ô, meu Deus, por que eu sinto isso assim tão forte, por alguém, que me disse que vive bem e vai se casar?
Engraçada esta vida – tantos me propondo uma vida em comum, ou uma vida de amantes, e nenhum me faz sentir plena e inteira.
Palavra, que vezes sem conta, tenho vontade de aceitar o melhor deles é recomeçar.
Mas, ninguém me faz plena, inteira, completa.
Queria que você tivesse mais audácia, mais coragem, me quisesse mais, realmente!
Ando com você, feito a equilibrista da corda bamba.
Poxa, eu com tanto amor pra dar e você recusando.
Beijo cheio de amor,
Ercília Pollice
Ercília Ferraz de Arruda Pollice reside em Campinas, é formada em Letras pela USC – Bauru, bacharel em Literatura Portuguesa. Escritora, conta com 10 livros publicados, entre eles livros infantis e juvenis, além de inúmeras crônicas e poemas. Integra a Academia Campineira de Letras e Artes e Academia Bauruense de Letras. Foi indicada para o Prêmio Jabuti pela autoria do livro infanto–juvenil “Só, de vez em quando” da Editora FTD. Ercília também é artista plástica catalogada no Cat. Júlio Lousada. Aquarelista, já realizou dezenas de exposições individuais e coletivas em diversos salões e galerias, inclusive em Paris. Alegre, de bem com a vida, adora relacionar-se. Sua preferência é escrever sobre relacionamentos em todas as áreas e níveis. Também tem uma queda por comentar fatos políticos e suas implicações, sempre com bom humor e alguma ironia. Poeta, fala só do amor. Quando escreve faz pinturas de palavras, sua arma maior. Quando pinta faz poemas de cores. Tem 3 filhos, escreveu vários livros e já plantou centenas de árvores. Agora, é desfrutar os bons momentos que a vida sempre oferece àqueles que tem olhos e ouvidos para ouvir e entender estrelas.
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