Há praticamente 50 anos, a mulher tinha dificuldade em ingressar no mercado de trabalho, era submissa ao homem, não tinha voz e teve direito a voto no Brasil há pouco mais de 80 anos. Muita coisa mudou nesses anos, a revolução feminista fez com que a mulher fosse ouvida, vista e respeitada e está contribuindo ainda hoje para uma tênue mudança de comportamento em culturas tradicionais e milenares onde a mulher ainda é totalmente submissa.

Hoje, a mulher é vista de igual para igual, acabou conquistando o seu espaço, apesar de que profissionalmente, em alguns casos, o salário ainda é menor do que o do homem. Mas, de um modo geral, demonstrou que sua capacidade pode ser igual e até maior que a do homem em alguns assuntos.

Há quatro anos, o Brasil elegeu a primeira mulher para a Presidência da República e, de acordo com os órgãos de  pesquisas eleitorais, a disputa principal pelo primeiro lugar está entre duas mulheres.

Apesar de a mulher vir desenvolvendo novas habilidades nos últimos tempos, como a competitividade e a combatividade, por exemplo, a genética, a educação e a cultura no decorrer dos séculos, contribuíram para que adquirisse habilidades emocionais muito amplas. Nenhum homem, por exemplo, por mais que diga ou tente expressar o sentimento de uma mulher grávida, jamais saberá o que seja isso. Como prover uma vida a partir do si mesma, as privações, as dores e a submissão a seu próprio corpo, a abnegação ao filho nos primeiros anos de vida? São exemplos que fazem da mulher um ser humano mais paciente, resignado e sábio.

Estamos vivendo em um mundo em que só a competitividade e a combatividade não são suficientes para uma boa liderança. Paciência, resignação e sabedoria são ingredientes de suma importância e fazem a diferença para um grande líder. Essas características, como já vimos, foram desenvolvidas pelo sexo feminino no decorrer dos séculos, fazendo com que possamos compreender melhor o sucesso da mulher em cargos de liderança. São fatores que os homens começam a levar em consideração e, agora, também estão começando a desenvolver, exercendo tarefas que antes só as mulheres faziam, como cuidar da casa e dos filhos, ampliando sua sensibilidade, contribuindo para um futuro equilibrado para ambos os sexos.

Haidy Segovia
Haidy Segovia é formada em Psicologia pela UNIP - Universidade Paulista, com especialização em oncologia e dependência química. Com mais de 20 anos de atuação na área clínica com terapia breve, hipnoterapia e terapia transformacional, ajuda pacientes oncológicos na superação das oscilações de humor e enfrentamento diante do tratamento. Profere palestras e lives nas redes sociais, na área de conflitos emocionais.
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