Iluminando nossas Sombras abordará comportamentos íntimos e pessoais, em desalinho com às boas práticas da moral, da ética e dos relacionamentos, que todos possuímos em maior ou menor grau.

A questão toda gira em torno do Autoconhecimento, que é tema antigo que habitou sempre a filosofia e hoje é questão-centrais de ciências como Psicologia, Psicanálise, Filosofia – Clínica e Psiquiatria.

Todos temos uma máscara, que é a imagem que passamos para o mundo – a nossa persona construída pelo ego. Nas relações interpessoais íntimas e sociais, o ego está sempre presente e é a imagem de como as pessoas nos veem, é nosso impulso, a personalidade adquirida por nossa cultura e civilização, por meio da qual transmitimos aquilo que temos de melhor ao mundo (… ou achamos que temos) – é como gostaríamos que todos nos reconhecessem pública e socialmente.

No entanto, o arquétipo da sombra representa, de acordo com a psicologia analítica de Carl Jung, o “lado sombrio” da nossa personalidade. É o submundo conturbado da nossa psique que contém os nossos sentimentos mais primitivos, os egoísmos mais afiados, os instintos mais reprimidos e aquele “eu escondido” que a mente consciente rejeita e que nos mergulha nos abismos mais profundos do nosso ser:  sentimentos de disputa que às vezes travamos com nós mesmos quando trabalhamos com as nossas frustrações, com os nossos medos, inseguranças ou ressentimentos. E como disse Carl Jung: “Ninguém se ilumina imaginando figuras de luz, mas se conscientizando da escuridão”.

Abordagens Essenciais

As luzes que nos compõem, que nos rodeiam e que nos iluminam por dentro são todas aquelas qualidades, virtudes, emoções, comportamentos ou desejos que gostamos de mostrar. São as máscaras com as quais nos disfarçamos em cada ocasião como se fossem a nossa única e verdadeira identidade. Tudo o que consideramos em um determinado momento como “ruim” devido à nossa educação e aos padrões morais da nossa sociedade se transforma na nossa sombra. No entanto, não é aconselhável ver todas essas dinâmicas internas como experiências reprováveis ou perigosas, até o ponto de pensar que todos nós carregamos um Mr. Hyde que quer se manifestar – referência ao filme “O Médico e o Monstro” / Dr. Jekyll e Mr. Hyde, de Rouben Mamoulian (1931). O próprio Jung explicou que existem diferentes tipos de sombras e que uma maneira de alcançar o bem-estar, a cura e a liberdade pessoal é torná-las conscientes e enfrentando todas elas. Saiba +++ .

  1. Somos feitos de Luzes e Sombras: Luzes e sombras habitam o nosso interior. Elas fazem parte de quem somos, do que não queremos ser e de quem podemos ser. São a luta entre o que reconhecemos, o que evitamos, o que admitimos e o que ignoramos ou não queremos ver. E neste pequeno, mas dispendioso equilíbrio, tentamos passar os nossos dias sem que nenhuma das partes domine a nossa vida. A verdade nos diz que o equilíbrio entre o que sabemos e o que não admitimos é difícil de alcançar. Para podermos viver bem, devemos tomar uma boa dose de aceitação da realidade: somos feitos de luzes e sombras e por isso sempre haverá partes de nós mesmos que não queremos aceitar. Saiba +++.
  2. Ilumine a sua Sombra: A sombra é formada pela ausência de luz e Carl Jung desenvolveu o conceito de sombra em psicologia, descrevendo-a como tudo aquilo que não admitimos em nós mesmos e reprimimos no inconsciente. Identificando o nosso eu com um ínfimo de quem somos verdadeiramente, formando um corpo denso de obscuridade inconsciente que nos acompanha como uma sombra desconhecida. A falta de conexão com todos esses aspectos de nós mesmos nos deixa à parte de todo o potencial que trazemos em nossa essência integral.A sombra nos incomoda bastante e se faz presente no mal-estar causado pelo peso que sentimos em carregá-la, que nos tira a energia. Afinal, passamos o dia querendo escondê-la, até de nós mesmos! Achamos que ela tem características que não nos pertencem. E, às vezes, quando ela tenta aparecer, sentimo-nos tão inapropriados, que nossa autoestima vai lá para o fundo do poço, junto com ela. Mas ela está todo o tempo conosco e a única maneira de nos livrarmos dela é aceitando, iluminando e incorporando essa parte tão importante de nós. A nossa sombra é evidenciada a partir das pessoas com as quais convivemos. No companheiro ou companheira, naquela pessoa que nos gera repulsa e não queremos ao nosso lado, na colega de trabalho que achamos ridícula ou em alguém da família que preferíamos não ter que apresentar aos “amigos”. São incômodos que sentimos e não sabemos explicar. Cada preconceito que carregamos é um pedaço da nossa malvada sombra, sempre se mostrando no outro. Saiba +++.
  3. Como Minimizar ou Dissolver nossas Sombras? O sofrimento poderia ser evitado se soubéssemos como não nos afastarmos de nós mesmos. Aceitar tudo exatamente como é, em sua totalidade, sem preconceitos ou polarização. Quando tentamos impedir que um pensamento negativo tome conta da mente, ele fica mais forte. Esta é uma consequência natural de tudo o que não podemos trazer à compreensão. Quanto mais tentamos fugir dos fantasmas, mais eles nos perseguem. Não temos que fugir ou lutar, temos que aceitar. Perceba a si mesmo nos seus relacionamentos. Em cada pessoa que critica ou que admira, você está olhando para uma parte de você mesmo, que está inconsciente. Um caminho para o autoconhecimento e para uma vida mais plena e relacionamentos mais saudáveis.
    Ser empático, colocando-se no lugar do outro, praticando o altruísmo. Sentir compaixão, este sentimento que nos cura, porque nos coloca diante de nossas próprias feridas. Apontar o dedo e os erros de alguém não nos serve para enriquecer a alma. Este é um recurso do “eu” para se defender e não deixar que sejamos inteiros. A sombra é tudo o que não aceitamos da vida e das pessoas, quando julgamos e criticamos as atitudes do mundo à nossa volta. A compaixão é o remédio que dissolve a densa sombra que nos acompanha.

Enfim, “Não é possível despertar a consciência sem dor. As pessoas são capazes de fazer qualquer coisa, por mais absurda que possa parecer, para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se ilumina fantasiando figuras de luz, mas se tornando consciente da sua escuridão”. [Carl Jung]

Sergio é engenheiro eletrônico PUC-RS/1979, especialista em Treinamento Profissional (UFRGS/1981), MBA em Gestão Estratégica de Empresas (UFSC-FEPESE/2001) e mestre em Engenharia de Produção / UFSC 2003 – Dissertação / Tema: “Estudo exploratório sobre as práticas gerenciais nas EBTs industriais de base tecnológica da região da Grande Florianópolis à luz da gestão do conhecimento”. Fpolis / Brasil, 108 fls. Atuação profissional de mais de 30 anos atuando em cargos técnicos, de coordenação e em cargos executivos (gestão) em empresas do porte de Cia. Souza Cruz, RBS/Rede Brasil Sul de Comunicação, NTS – Núcleo de Tecnologia de Software, Dígitro Tecnologia, Grupo Specto de Tecnologia, entre outras. Vivência prática com ferramentas e metodologias BSC e de GC (Gestão do Conhecimento), com artigos publicados e coordenação de projetos empresariais e do FINEP. Em 2013 atuei com consultor “Ad Hoc” para avaliação de Projetos da FAPESC. Atuação como professor universitário (SENAC 2005 / 08) e Faculdades Borges de Mendonça (2012). Exemplos de disciplinas ministradas: SENAC: Governança de TI, Sistemas de Informações e Avaliação de Projetos Integradores e BM: TI para Administração e Gestão da Informação & Conhecimento. Autor do Blog: www.escolatrabalhoevida.com.br
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