A educação exige um empenho contínuo por parte dos pais, através da doação de tempo, de afeto e de maturidade. Os pais são os primeiros modelos de referência para os filhos, e é a partir dos exemplos que a criança tem em casa que ela replica suas atitudes na vida e com as demais pessoas.

Com as transformações sociais e culturais que ocorrem ao longo das gerações, os arranjos familiares também passam por mudanças. Hoje, com cada vez mais mulheres trabalhando fora, está ocorrendo uma redistribuição igualitária dos papeis dos progenitores, principalmente em relação ao comportamento paterno.

Agora, o pai está buscando dividir as responsabilidades do lar, levando o filho para a escola, dando banho, brincando e ajudando nas tarefas escolares. No entanto, com essa transformação recente, muitos ainda não sabem qual é o modelo ideal de pai a ser seguido. Não querem ser muito rígidos e distantes, e criarem filhos inseguros e com dificuldades emocionais, ou, por outro lado, serem superprotetores, e permitirem que a criança se torne um verdadeiro “imperador doméstico”, com comportamentos mandões e autoritários, que não seguem as regras.

Pensando nisso, a psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental e autora do recém-lançado livro ‘Síndrome do Imperador – Entendendo a mente das crianças mandonas e autoritárias’, elaborou 10 dicas para o pai aumentar sua interação com o filho e ser mais presente. Aproveite o Dia dos Pais e já comece a colocar essas atitudes em prática! Confira:

1) Participe da rotina do seu filho. Mostre o quanto ele é importante para você. Sempre que possível faça as refeições em família. Converse e fale sobre os seus sentimentos, conte histórias, auxilie nas ativi­da­des escolares, ofereça orien­ta­ções para a criança.

2) Colabore nas decisões que envolvem seu filho: escola, médico etc.

3) Seja firme diante das birras. Ensine ao seu filho o jeito certo de pedir e fazer. Administre as suas emoções e jamais aja com raiva.

4) Escute atentamente o seu filho. Observe o que ele sente e o que fala.

5) Converse com o seu filho. Sempre mantenha um diálogo aberto e não um interrogatório.

6) Observe as habilidades e reforce o esforço da criança.

7) Seja carinhoso. Jamais use palavras que diminuam a estima do seu filho.

8) Brinque. Tenha momentos de diversão com seu filho. O mais importante é a qualidade do tempo dedicado a criança.

9) Dedique-se e permita-se a aprender com seu filho.

10) Seja um exemplo positivo para seu filho. Diante da separação conjugal, por exemplo, mantenha-se participativo na rotina do filho. Jamais fale mal do cônjuge ou brigue na frente da criança. Lembre-se que a separação é do vínculo entre o casal e jamais dos papéis de mãe e pai.


Lilian Zolet é psicóloga e fisioterapeuta formada pela Faculdade União das Américas (UNIAMÉRICA), e especialista em Saúde Pública e da Família e em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC). Além do ‘Síndrome do Imperador’, a especialista é coautora do livro ‘Terapia Cognitivo-Comportamental em Crianças e Adolescentes: Guia de Referência de Ferramentas e Estratégias Terapêuticas’. www.sindromedoimperador.com.br

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