Feijão não é vilão do emagrecimento e pode ser consumido até no jantar. Leguminosa ajuda a regular o intestino, diminui os níveis de colesterol no sangue e induz à saciedade.

O feijão está presente no cardápio alimentar da maioria dos brasileiros.  Fonte de diversos nutrientes, na combinação com o arroz forma o chamado ‘casamento perfeito e são a base de um prato no nosso país.

“O arroz é fonte de aminoácidos metionina e cisteína, porém é pobre no aminoácido lisina. Já o feijão apresenta todos os aminoácidos essenciais, sendo inclusive rico em lisina, mas em contrapartida, tem pouca metionina e cisteína. A partir da junção dos dois, conseguimos garantir o aporte de todos os aminoácidos essenciais necessários”, diz a nutricionista Ana Carolina Netto.

O feijão é uma importante fonte de proteína vegetal e base da alimentação do brasileiro.

“Além disso, é rico em ferro e ajuda no combate da anemia. Muito rico em fibras e em vitamina C, ele ajuda a regular o intestino, reduz os níveis de colesterol no sangue e induz à saciedade”.

Mas e quem quer perder peso? Deve evitar o feijão e substituí-lo? A resposta é não. Ele inclusive pode ser um aliado no emagrecimento.

“O feijão é rico em fibras, o que ajuda na sensação de saciedade. Muitas vezes, o paciente deixa de comer o feijão no almoço com medo de ser calórico e engordar, mas a tarde descompensa e ataca todos os doces da casa. A quantidade deve ser calculada individualmente por um nutricionista de acordo com a demanda e objetivo do paciente”.

Se a pessoa não apresenta nenhum desconforto gastrointestinal com o feijão, ela pode consumir a leguminosa no jantar, sem medo de ganhar peso.

“A estratégia nutricional deverá sempre ser traçada junto ao profissional”, cada tipo de feijão tem características diferentes: “Com nutrientes e calorias específicas”.

Dicas para tornar o feijão menos calórico e mais nutritivo.

“O feijão ganhou cara de vilão de uns tempos para cá, no entanto, é preciso ressaltar que ele é altamente nutritivo e não precisa ser retirado da alimentação. O que devemos ter atenção são as calorias extras agregadas a preparação, como os salgados (paio, bacon e afins.  Algumas preparações podem ser feitas também, como uma salada fria com feijão branco. No caso do feijão preto ou o feijão carioca, pode colocar cenoura para deixá-lo mais nutritivo”.

O que fazer com as crianças que não gostam de feijão?

“A combinação ‘arroz e feijão’ é um prato típico do brasileiro e a maioria das famílias oferecem desde cedo aos filhos. O feijão preto não é obrigatório, porém, é rico em nutrientes e fibras que compõe nem a alimentação dos pequenos. Entretanto, se houve uma não aceitação pelo feijão, as mamães podem buscar outras opções de leguminosas como as lentilhas, ervilha e grão de bico”.


Ana Carolina Netto é nutricionista do espaço Acolher Nutrição, no Rio de Janeiro.

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