O câncer de estômago ganhou destaque na mídia nos últimos meses por conta do diagnóstico da Youtuber Nara Almeida, que possuía mais de 3 milhões de seguidores em seu canal e aproveitou a ocasião para reforçar a importância dos hábitos saudáveis e do diagnóstico precoce, além de receber apoio dos fãs.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de estômago é o terceiro de maior incidência entre os homens acima dos 50 anos e o quinto mais comum no Brasil.

Também conhecido como câncer gástrico, o câncer de estômago se apresenta em 95% dos casos como adenocarcinoma, tumor originado em células que revestem a parte interna do órgão. A doença pode disseminar-se, invadindo outros órgãos, vasos linfáticos e linfonodos próximos. Existem outros tipos mais raros de câncer de estômago como o linfoma, o leiomiossarcoma e o tumor carcinoide.

Segundo o oncologista Dr. Felipe Ades “O desenvolvimento da doença costuma acontecer de maneira muito lenta. Ao longo dos anos, as alterações pré-cancerosas podem ir surgindo, devagar, nas células da mucosa do estômago. Como isto raramente causa sintoma, essas alterações podem passar despercebidas ou podem ser confundidas com outras doenças. No caso da Nara, o diagnóstico pode ter sido ainda mais difícil porque esta é uma doença rara entre as pessoas jovens “.

Detecção precoce é essencial

Por apresentar muitos sintomas inespecíficos, comuns a outras doenças, por vezes o paciente demora a buscar apoio especializado. Entre os sinais do câncer de estômago estão perda de peso, cansaço, falta de apetite, náuseas e vômitos, sensação de má digestão, azia e desconforto abdominal persistente, sangramentos gástricos (mais incomuns), sangue nas fezes, fezes escuras, pastosas e com odor muito forte (indicativo da presença de sangue oculto).

Exames

Diante da suspeita de câncer de estômago, dois exames estão entre os mais frequentes para o diagnóstico da doença: modernamente se usa a endoscopia digestiva alta, porém ainda pode ser usada a radiografia do estômago com contraste.

A endoscopia permite a avaliação visual direta da lesão e a realização de biópsias para confirmação do diagnóstico por meio do exame anatomopatológico. Através da boca um tubo fino e flexível com uma câmera na ponta é conduzido até o órgão. O paciente é sedado para sentir menor desconforto, o exame é feito com o paciente dormindo algumas vezes. Já na radiografia, o médico analisa o filme radiográfico em busca por áreas anormais ou tumores.

Biópsia

Após a confirmação patológica da presença do tumor através do exame de biópsia, é importante que se façam os exames para estadiamento, ou seja, quantificar o tamanho da doença no corpo. “Estes exames podem variar, mas comumente incluem a tomografia computadorizada de abdômen e pelve, a radiografia simples (ou tomografia) de tórax e exames de sangue”.


Dr. Felipe Ades é oncologista do Grupo Oncoclinicas, que foi fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO, unidade São Paulo, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional composta por: psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, farmacêuticos clínicos, enfermeiros, reflexologistas e médico especializado em Medicina Integrativa.

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