Procedimento enxerga o nódulo antes de ser palpável e pode ser determinante para cura do câncer de mama

Somente em 2018, mais de 376 mil mamografias foram realizadas no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um número menor que os 463 mil de 2010. A quantidade de repetições do procedimento tem apresentado queda desde o início da década. No entanto, esse exame é essencial na luta contra o câncer de mama. Isso porque ele consegue antecipar o diagnóstico da doença, antes que ela seja palpável, momento em que as mulheres podem sentir diferenças pelo autoexame.

O Dr. Rogério Fenile, mastologista pela Unifesp e membro titular da Sociedade Brasileira de Matologia (SBM), explica que esse exame como método preventivo permite que possamos detectar o tumor em mulheres que não apresentam sintoma algum e identificá-lo ainda em fase inicial. Podemos surpreender o tumor antes mesmo que ele cause maiores danos à saúde da mulher. No caso de uma paciente que já superou a doença, ela é um método de acompanhamento e controle pós-tratamento”, ressalta o especialista.

A recomendação é que os autoexames sejam feitos pelas mulheres a partir dos 20 anos, sendo repetidos mensalmente uma semana após o início da menstruação, inclusive deve se repetir o procedimento mesmo após a menopausa. Já a mamografia, que não tem idade para ser realizada, precisa ter atenção das mulheres acima dos 40 anos, pois precisa ser repetida anualmente.

O médico reforça que, independentemente da idade, é de extrema importância que todas as mulheres conheçam o seu próprio corpo. “Caso seja notada qualquer alteração, antes da idade recomendada para a realização do exame, o médico vai avaliar a melhor conduta a ser tomada. Isso também serve para os casos em que existe o histórico de risco para a doença”.

Um estudo recente, revelado no Congresso Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), mostrou que, apesar da maior quantidade de mortes por câncer de mama ainda ser de mulheres com mais de 50 anos, a faixa de idade entre 20 e 49 anos apresentou um crescimento significativo em relação às últimas duas décadas. O número de mortes em decorrência de câncer de mama em 2017 foi 67,5% maior que em 1998.

Esses números podem ter uma curva diferente se os diagnósticos forem mais rápidos e precisos para o mastologista, mas um forte impulso pode vir também das mulheres. “O importante é que todas as mulheres estejam atentas aos sinais do câncer de mama, façam visitas ao especialista regularmente, comecem os exames preventivos nas fases indicadas e não deixem de fazer o autoexame mensalmente”, finaliza.

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