Desconforto abdominal: o que fazer quando a barriga dói? O sintoma pode se manifestar em diversas porções do abdômen, por motivos diferentes.

É comum pensar que a dor abdominal se concentra apenas no intestino, mas a verdade é que o abdômen contempla toda a região entre o tórax e a virilha, e qualquer manifestação nessa faixa pode ser considerada um desconforto abdominal. Devido à grande variedade de causas que podem justificar o sintoma, é importante que, na avaliação inicial, o médico identifique o órgão possivelmente afetado, para poder diferenciar quadros de maior gravidade daqueles que deverão seguir em acompanhamento ambulatorial.

Fatores diversos

As dores podem ser provenientes de fatores diversos, que vão de lesões musculares mais simples a problemas graves de saúde, incluindo ansiedade e depressão. As mais comuns são derivadas de gastrite, infecções intestinais ou no trato urinário, constipação, doença diverticular, apendicite, cólicas biliares ou menstruais.

“A dor abdominal pode estar relacionada a gases intestinais ou a outros problemas mais graves. Para diferenciá-los, é preciso observar se há febre, vômitos, sangramento, alterações na urina e nas fezes. Também é importante verificar se a dor muda de localização e persiste por mais de seis horas, piorando após esse período”, explica clínica geral Dra. Karina Kiso.

Cólicas menstruais

As cólicas são muito associadas à menstruação, mas existem variações que podem afetar diferentes partes do corpo, como útero, intestino, via biliar e sistema urinário. “A cólica biliar é sentida como dor intensa, no lado direito superior do abdômen e piora com a alimentação; a cólica renal se propaga na região das costas e irradia para a região da virilha (área inguinal); a cólica intestinal geralmente se localiza na região do umbigo e é periódica, podendo estar associada à diarreia ou constipação. Por fim, há a cólica menstrual, bastante localizada no baixo ventre, por acometer o útero”.

A cólica menstrual é um dos principais motivos de abstenção à escola ou ao trabalho, influenciando de maneira negativa a rotina das mulheres que sofrem com o problema. Pesquisa realizada em 2017 pelo Ibope Inteligência, aponta que 76% das brasileiras sofrem de cólica. Destas, 80% consideram que a qualidade de vida diminui muito durante o período do fluxo menstrual.

“Para aliviar a dor da cólica menstrual, em geral indicamos o uso de medicamentos analgésicos, antiespasmódicos, anti-inflamatórios e anticoncepcionais. Para prevenir a cólica menstrual e outros problemas desencadeiam quadros de desconfortos abdominais no geral, recomenda-se manter uma dieta equilibrada (rica em fibras), praticar atividades físicas regularmente, tomar vitaminas (E e ômega 3, principalmente), beber bastante água e realizar exames médicos periódicos para detecção precoce de doenças”.


Dra. Karina Kiso é clínica geral e parceira da Natulab, empresa líder em produção e venda de medicamentos fitoterápicos no Brasil, ocupa a 5ª posição no mercado OTC, e é a 13ª colocada do mercado farmacêutico no período de 12 meses, em unidades comercializadas, segundo o IQVIA (antigo IMS Health).

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