Herpes causa lesões contagiosas, geralmente na boca e nos órgãos genitais.

Causada pelo vírus HSV (vírus da herpes simples), a doença possui dois tipos em sua manifestação, o tipo 1, que frequentemente se associa a lesões orais, e o tipo 2, que é responsável por até 90% das lesões genitais.  A contaminação ocorre pela exposição direta ao contato da pele e das mucosas com uma pessoa infectada.

A Dra. Ana Regina Trávolo, médica dermatologista, explica que normalmente a herpes se manifesta com pequenas vesículas agrupadas, com sensação de ardor ou dolorimento no local. “Pode aparecer também na forma de pequenas pápulas avermelhadas agrupadas também com sensação de ardor. Na sua evolução forma crostas (casquinhas) no local, até o seu completo desaparecimento”.

Os locais mais afetados são a região labial ou perilabial e a região genital, como o púbis, corpo do pênis ou glande. Todavia, pode aparecer também em outras regiões do corpo, como nádegas, tronco e mãos.

Outro tipo é o herpes zoster, causado pelo vírus varicela zoster, o mesmo vírus responsável pela catapora. Normalmente, se manifesta com vesículas maiores, por vezes até bolhas, e pápulas avermelhadas, atingindo uma área mais extensa, mas normalmente limitada a um lado do corpo, por exemplo: um lado das costas, metade da região da testa ou um braço.

O herpes zoster segue o trajeto dos nervos da região afetada, já que o vírus do herpes, nesse subtipo, normalmente fica latente nos troncos nervosos na região. “A dor costuma ser ainda mais intensa, podendo deixar uma sensação de dolorimento no local mesmo após a regressão das lesões, a chamada neuralgia pós-herpética”.

Os tratamentos disponíveis para a doença são medicamentos antivirais. O mais antigo e mais tradicional é o aciclovir, apesar de haver disponível outros antivirais mais potentes, tais como o fanciclovir e o valaciclovir, que têm a vantagem de serem utilizados em menos doses durante o dia do que o aciclovir. Na grande maioria das vezes, é necessário o uso da medicação por via oral pelo período de 05 a 07 dias, principalmente nos casos de herpes zoster, onde além dos antivirais, são utilizados medicamentos anti-inflamatórios, como os corticoides, devido ao quadro intenso de dor que provocam. “Casos muitos leves de herpes simples, com lesões muito pequenas, podem ser tratados apenas com medicação tópica. Estes casos mais leves podem também regredir espontaneamente em uma a duas semanas”.

Está disponível também uma vacina para diminuir os casos de herpes zoster e de neuralgia pós-herpes zoster que pode ser utilizada em dose única, pelos pacientes acima de 50 anos, uma vez que o herpes zoster normalmente se manifesta nos idosos.


Dra. Ana Regina Franchi Trávolo é médica dermatologista, especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); membro titular da SBD; membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica – SBCD; membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia; membro da International Association of Aesthetic Medicine; graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP e fellow em Dermatologia e Laser pelo Hospital Ramon Cajal, na Espanha. Dra. Ana Regina é médica da Clínica Monte Parnaso. www.monteparnaso.com.br

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