Para o povo judeu a Páscoa comemora a libertação e a fuga de seu povo escravizado no Egito. Os cristãos, dando-lhe um novo significado, mesmo porque a celebração precede a existência do Cristo, celebram a ressurreição de Cristo, ou seja, sua passagem da morte para a vida. Na doutrina espírita, onde não existem programações comemorativas específicas, a data enseja a reflexão acerca da vitória da vida sobre a morte.

Buscando contextualizar o significado de passagem, sem qualquer rito ou culto exterior, bem como respeitando as culturas e os costumes de todos os povos, o simbolismo da data pode significar a libertação da ignorância pelo conhecimento, a renovação moral e dos nossos propósitos em prol do engrandecimento do espírito imortal que transforma o homem velho que sempre fomos e viabiliza o crescimento em nosso interior de homem novo, renovado em seus princípios éticos e morais.

Assim, o simbolismo da Páscoa pode – e deve – servir como um ponto de partida para que as pessoas sigam pelo caminho do perdão, da humildade e da caridade, que ajudam na melhoria moral do homem e, como consequência, na transformação do planeta para um mundo de paz.

Como é tempo de meditar, de orar, de agradecer e de buscar a reforma íntima – que enseja a mudança nas atitudes e transforma cada pessoa e, como consequência, transforma o mundo -, comemore outra Páscoa, a sua Páscoa, rumo a uma vida plena de amor, pois que a vida em essência só pode ser definida pelo amor.

Que a Páscoa – e todo seu simbolismo – represente uma nova oportunidade para o aprimoramento moral, que é o grande objetivo de todo ser humano!


Paulo Eduardo de Barros Fonseca é Vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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